quarta-feira, 9 de abril de 2008

À procura da felicidade


Quando penso na felicidade, o inevitável acontece. Devaneios tomam conta de minha razão e de minha inconsciência, instalando-se aí um agradável jogo de pique-esconde.

Num tempo em que pessoas estão cada vez mais distantes – apesar da aproximação permitida pela tecnologia – meus devaneios seguem em direção da inconsciência e se deparam com um velho amigo – que na verdade sequer nos falamos – pois vivemos em dimensões diferentes. No entanto sua influência é o próprio ar que eu respiro. Nessa dimensão virtual, reconheço no velho amigo, uma incrível capacidade de mostrar-me o valor e a presença de Deus nas pequenas coisas da natureza, tais como o vento, a brisa, o paladar, o aroma, entre outras sensações. É uma Pessoa – com três personalidades diferentes – e contradizendo a condição de paganismo de uma delas, consegue perfeitamente transmitir o poder do pensamento em arrebanhar sensações, ensinando que: ”Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la, e “Comer um fruto é sentir-lhe o sabor”.

A razão, procurando a poesia, invade a Inconsciência em busca de sensações escondidas.E novamente,como num jogo de pique-esconde encontra o reino da palavra. Este por sua vez, parece estar aguardando a chegada de uma nova emoção. Juntos constroem verdadeiras histórias de conteúdo poético sem, no entanto, negligenciar realidades nem tanto poéticas.

Nos devaneios entre a Razão e a Inconsciência, esbarrei com os conselhos de minha Mãe-Poetisa ensinando a “Arte de ser Feliz”, falando de pequenas felicidades certas que estão diante de cada janela. Entretanto é preciso aprender a olhar, para vê-las tão perto e reconhecê-las de imediato.

Meus devaneios são barcos cheios de palavras, cujos destinos são as portas para a razão e para a Inconsciência. A razão é o portão de minha casa, por onde deixo passar toda a realidade do mundo. E a Inconsciência é meu quarto de dormir, onde processo a realidade para abstrair dela alguma poesia.

Autor: Lu Faria (ESDC)

Nenhum comentário: