terça-feira, 22 de abril de 2008

Conselho de Lya Luft

Conselho de Lya Luft

"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem."

Ontem fiquei extremamente aliviada ao ouvir uma entrevista de Lya Luft para a Globo News. Questionada a respeito de sua assiduidade em escrever seus textos, ela respondeu : “tenho um enorme respeito pelo meu leitor; ele conhece cada segundo de meu estado de espírito; reconhece meu humor em cada texto que publico”. O leitor é meu confessor, meu cúmplice e em nome desta relação de fidelidade, sinto-me no dever de escrever somente quando tenho algo muito importante para trocar com ele”. E prosseguindo a entrevista ela declara mais adiante, que prefere ficar dias sem escrever, a publicar um texto fabricado. Isso, entretanto, é uma posição da escritora, o que “não quer dizer que outros autores não possam ter criações mais constantes”.Confessa ainda, uma certa preocupação com o enorme número de publicações lançadas no mercado literário ultimamente, na maioria das vezes, sem nenhuma qualidade. Em resumo, segundo Lya Luft, escritores existem, mas devem ser lapidados e devem buscar a alma do leitor! (grifo meu).Esta declaração me deixou duplamente confiante. Por um lado, o professor Perissé está nos lapidando e nos ensinando os caminhos para buscar a alma do leitor e por outro lado, não precisamos nos sentir culpados por passarmos um dia sem escrever!

Pensando bem! ... Ela pode se dar ao luxo de não escrever por alguns dias. Afinal sua produção certamente não encontraria espaço suficiente para ser publicada de uma só vez, não é mesmo?(rsrsrs)

...Continuemos nossa produção diária! Um dia chegaremos lá!

Tentarei ser: nem frágil e nem vigorosa...mas verdadeira!

Um comentário:

Leticia Rosa de Faria disse...

Oi "tia linda"!!!

Que texto profundo, não???

Até condordo com a Lya, mas sinceramente, amo ser mulher e ter uma fraglidade que, sim, é só nossa!!!

Sua frase diz tudo.... nem mto frágil, nem vigorosa, mas sim, verdadeira.

As palavras, quando vindas do coração, são verdadeiras... então, que sejam escritas por ele, e que sejamos apenas uma ferramenta para psicografar tdo aquilo que ele nos disser!!!

Não quero ser julgada como uma menina que só possui fragilidade, mas sinceramente, eu sou frágil sim e abuso dessa minha fragilidade para escrever e me perder em meus pensamentos e palavras!!!

Frágeis, mas, acima de tudo, verdadeiras!!!

Bjossssssssss
Amo você!!!